99jobs

.•¤ Descobrindo o 99jobs ¤•.

99jobs a plataforma profissional suprema, foi assim que eu apelidei carinhosamente este site que eu descobri à algum tempo (algum tempo para mim é uma semana), no meu outro post ( ESTE AQUI ) eu comentei como eu sou uma pessoa completamente inquieta e em como estou em busca do emprego dos sonhos (ou um que pelo menos não me faça querer bater na própria cabeça com a frigideira da Rapunzel), por este motivo eu sai em uma pesquisa alucinada por este vasto mundo cibernético a fora.

Minha intenção era pesquisar por vagas de emprego, porém eu me deparei com problemas muito sérios no decorrer dessa jornada, toda vez que eu achava algo, (o que era meio complicado), eu não sabia se iria gostar de fazer aquilo e por está razão eu confesso que surtava um pouquinho.
Depois de ter uma discussão interna e um momento pote de sorvete, (aquele momento em que você está mega depre e se afoga no sorvetão), eu me deparei com um anuncio no facebook sobre um tal site chamado 99jobs, o que me chamou a atenção neste anuncio imediatamente foi o slogan usado por eles "Faça o que você ama", foi tipo BOOM! IN YOUR FACE!



Para alguém passando por uma crise existencial profissional isso era como um oásis no meio do deserto, mas eu ainda estava com duvidas sobre como me encaixar ali, eis que zanzando pelo site á fora encontro logo na home deles o "Bem vindo ao 99jobs", que consistia em três lindos e maravilhosos videos gravados com o intuito de fazer você ficar mais próximo de fazer o que ama, para isso a fofa da Carolina Nalon, que é uma expert em Coaching, ou seja, em te ajudar a se descobrir profissionalmente, e é uma excelente profissional, deu algumas dicas valiosas e alguns exercícios super interessantes de auto descobrimento. os videos me fizeram ver melhor os meus pontos fortes, meus valores e perceber como eu mesma sabotava minhas oportunidades, eu sempre achava que nunca seria boa o suficiente para tal emprego e por isso acabava não me candidatando.

Isso me impressionou, ver que além de organizar de forma magnifica as oportunidades de emprego eles se preocupam também em encontrar algo que se adeque ao seu perfil, e se você mesmo não tem muita certeza sobre qual seria seu perfil eles te ajudam a encontra-lo.

No site você cria um perfil que não se baseia apenas em experiencias de trabalho como também em coisas que você gosta de fazer, e isso foi algo inovador.
A plataforma de match deles é fantástica, você preenche com todas as informações sobre que tipo de cargo gostaria e características e ele busca para você as melhores ofertas, inclusive dando um percentual de match, você ainda pode se inscrever para seguir as empresas nas quais tem interesse em trabalhar.

O site conta ainda com um sistema de avaliações, o que é muito útil para você saber o que os funcionários e ex-funcionários pensam dela, e os pontos positivos e negativos da mesma, que é muito bacana , bacana também é que na plataforma deles não são as empresas que encontram você é você quem encontra as empresas e isso é algo que dá muito mais confiança para a pessoas que está em busca de um emprego que se adeque em suas necessidades e valores, além de tudo eles tem um blog bem legal com matérias incríveis.

Eu confesso que me apaixonei pelo 99jobs e pela politica deles de tentar fazer com que você chegue o mais perto possível de fazer o que ama.

Enfim se você é como eu e está em busca de fazer aquilo o que ama, eu super recomendo que você de uma passada no 99jobs e seja feliz.



A Eterna Batalha Interna

.•¤ Crise Profissional ¤•.

Primeiramente preciso dizer que este é um post pessoal e unica e exclusivamente baseado em como eu me sinto ok, e se caso alguém se sentir como eu e estiver passando pela mesma situação eu só posso dizer ... "Welcome Aboard Little gafanhoto".

Eu costumo dizer que minha cabeça é como o olho de um furação, nada nunca para no lugar e tudo está sempre em constante transformação, eu sempre fui uma pessoa muito inquieta, acho que isso se deve a herança da criança hiperativa que um dia eu fui, e meus gosto mudam muito depressa, assim como tudo para mim muda muito depressa.
Eu sou o tipo de pessoa que fala, "pronto achei o meu filme preferido", e duas semana depois assiste outro filme e fala, "pronto achei meu novo filme preferido", eu não considero isso como uma coisa ruim, muito pelo contrário acho que isso é uma característica minha que me ajuda muito, por exemplo, eu posso me interessar por várias coisas diferentes e assim aprender muito mais do que se eu apenas me concentrasse em uma única coisa.

O problema no entanto começa quando se entra na parte profissional, eu já comentei na descrição  do blog mas vou reiterar , eu sou formada em Direito e exerci a profissão por um ano como estagiária, antes de me formar eu já havia iniciado o mesmo curso um ano antes, mas parei logo no primeiro semestre por que passei por aquela crise, "Ai meu Deus será que é isso que eu quero fazer para o resto da minha vida", por este motivo fiquei um ano refletindo e decidi que sim eu queria fazer o curso, mas depois de três anos eu percebi que eu amava as matérias e o próprio curso em si mas não queria de forma alguma ser advogada.


Eu terminei a faculdade porque faltavam apenas dois anos e eu realmente gostava de estudar Direito, mas quando o curso acabou começaram as cobranças, "você não vai prestar a OAB" (exame da Ordem dos Advogados do Brasil sem ele você não pode exercer a profissão de advogado), e eu sempre me desvencilhava dizendo, "Vou sim, mas só ano que vem", a verdade é que eu não queria nem prestar a prova.
Por fim comecei a trabalhar no escritório de contabilidade com meu pai, para ajudar ele e a minha irmã, e não é um trabalho ruim, mas não é algo que eu queria fazer para o resto da vida, e então surgiu um novo problema, eu me perguntei o que eu realmente gostaria de fazer? e a resposta para essa pergunta foi ... Eu não sei.

Pronto, se instalou ai a minha mais nova crise existencial, eu passei horas chorado quando percebi que eu simplesmente não sabia o que eu gostaria de fazer profissionalmente, eu sabia que gostava de escrever, de ler, que era uma pessoa altamente comunicativa, gostava de cultura geek e pop, gostava de viajar, adora pesquisar sobre todos os tipos de coisas, mas não sabia se isso eram qualidades procuradas em um trabalho.

Passado esse pequeno surto eu comecei a procurar empregos, e mais uma vez me deparei com outro obstaculo, toda vez que eu achava uma coisa legal e que eu gostaria de fazer a mesma exigia um curso superior em uma área que eu não tinha, e vocês podem imaginar como isso é frustrante, saber que se enquadra na descrição mas não possui o necessário.

Neste momento eu estou em uma das minhas fases, "Ok! O mundo me odeia", exatamente pelas coisas descritas acima, eu me sinto frustrada em ver pessoas que se encontram no mundo e descobrem exatamente aquilo que gostam de fazer e tem a sorte de conseguir atuar profissionalmente na área.

Mas isso não me impede de continuar tentando, eu ainda estou procurando por aquele meu emprego legal, mas nem por isso não me dedico 110% ao meu atual trabalho.
E se você leu até aqui pensando que ia ler como eu consegui sair dessa e encontrar meu emprego dos sonhos, eu sinto muito mas a batalha para mim mal começou.

O que eu posso dizer é, não perca as esperanças e continue dando o seu melhor, minha avó sempre me dizia que quando você se esforça bastante sempre será recompensado.

Eu não sei ao certo o que o destino me reserva, mas eu sei que será maravilhoso e que só depende de mim.





Hora do Livro: Os Instrumentos Mortais

 .•¤ Hora do Livro ¤•.

Voltando com mais uma Hora do Livro, eu acho que minha parte preferida do blog é essa, por que eu sou uma BookWorm assumida, eu costumo ler muito desde criança, me lembro que meus presentes preferidos de natal e aniversário sempre foram livros, e é um habito que cultivo até hoje.
O livro da vez não é apenas um livro, mas sim uma série toda, "Instrumentos Mortais" da Cassandra Clare, confesso que essa foi a primeira vez que eu procurei um livro depois de ter visto sua adaptação para os cinemas.


Eu me lembro de ter ido ao cinema com uma amiga e ter adorado o poster desse filme, sem saber nada sobre a história decidimos entrar e assistir, e eu adorei, simples assim, amei, eu não costumo gostar de romances e histórias que giram em torno de casais, mas esse filme tinha uma história tão diferente e com elementos que eu sempre amei, então apesar do filme ter um foco bem grande no casal central eu acabei adorando.
Os personagens secundários eram super carismáticos de um jeito diferente, você tinha com eles uma relação de amor e ódio, depois que terminei de ver o filme e percebi que se tratava de uma série e o baseado em um livro eu fiquei curiosa e fui atrás, mas só esse mês eu finalmente comprei o box com os 4 primeiros livros.

Cidade dos Ossos: nos apresenta Clarissa, uma adolescente típica: aos quase 16 anos mora com a mãe, uma jovem artista viúva. Tem um "tio" postiço, Luke, que de certa forma ocupa o lugar do pai e um melhor amigo, Simon, que nutre por ela uma paixão secreta. Quando Simon e Clary visitam um clube, a menina vê três adolescentes matarem um rapaz. Há, porém, dois grandes problemas: ninguém acha o corpo e apenas ela vê os tais assassinos. Sua vida muda completamente. A mãe é raptada por demônios e ela descobre a existência dos Caçadores das Sombras, guerreiros cuja missão é proteger o mundo que conhecemos de bestas e outras criaturas. Vampiros que saem da linha, lobisomens descontrolados, monstros cheios de veneno? É por aí mesmo. E depois desse primeiro contato com o Mundo de Sombras, e com Jace - um Caçador que tem a aparência de um anjo, mas a língua tão afiada quanto Lúcifer -, Clary nunca mais será a mesma. 

Por enquanto eu só li o primeiro volume, "Cidade dos Ossos", mas estou fascinada, devorei o livro em 3 dias, como eu disse os personagens secundários me chamam mais a atenção do que o casal principal, em especial Alec, com que eu tenho uma relação de amor e ódio, ele tem aquela atitude arrogante que eu odeio mas ao mesmo tempo percebemos que é apenas uma fachada para esconder o que ele realmente sente, e então o amamos.
Outro personagem que eu amei foi Magnus Bane, guardem esse nome ele ainda será muito importante no decorrer da série e eu não vou falar mais nada sobre ele para não estragar a surpresa.
O livro é cheio de fantasia misturando-se em meio aos prédios da cidade moderna, acho que esse é um doas pontos mais legais, é como se houvesse um mundo diferente e invisível dentro do nosso.
Ao mesmo tempo em que o livro aborda temas passado e comuns, como vampiros e lobisomens e caçadores, ele dá a eles uma nova roupagem o que não deixa a leitura cansativa ou batida.
Caçadores estes que aqui são descritos como caçadores de sombras ou Nefilim, e ai fica interessantes, os Nefilims são meio anjos, isso mesmo que você leu, por isso possuem a incrível habilidade de serem invisíveis para os olhos das pessoas normais entre tantas outras habilidades fantásticas.
Se você adora um bom livro de fantasia e magia assim como eu, você com certeza vai amar este livro.






A Volta do Príncipe da Noite Lestat

 .•¤ Lestat o Príncipe Malcriado está de Volta ¤•.
Art by bakalucjan

É isso mesmo o que vocês estão lendo meus queridos morceguinhos, o mais infame, egocêntrico, malcriado, lindo e poderoso vampiro está de volta.

A algum tempo atrás Anne Rice anunciou na sua pagina do facebook que tinha escrito um novo livro e que o mesmo tinha sido uma guinada totalmente ao oposto do que ela estava escrevendo ultimamente, no caso sua série de lobisomens e contos eróticos, e que ela revelaria o titulo o o tema do livro no programa de radio de seu filho  Christopher, que também é um magnifico autor e cujo mais recente livro você pode adquirir AQUIThe Dinner Party Show, no dia 09/03.

Isso criou um grande alvoroço entre seus fãs e um burburinho constante começou a tomar forma, e se for um novo livro das crônicas vampirescas?, essa exaltação tem um bom motivo para acontecer, Anne não escrevia sobre as crônicas desde 2003 e todos imaginavam que a mesma estivesse encerrada, mas seus fieis fãs ainda tinham esperanças de rever seus vampiros preferidos algum dia.

No dia 09/03 Anne finalmente revelou o conteúdo e titulo se seu novo livro, e para felicidade geral da nação, era um novo livro das crônicas vampirescas e o mais emocionante, voltado para o vampiro mais amado e odiado de todos os tempo LESTAT, cujo titulo é "Príncipe Lestat" e será lançado no dia 28/10 ainda esse ano.


Que por sinal já está em pré-venda no amazon, AQUI.
Eu pessoalmente não poderia estar mais feliz, afinal meu primeiro livro foi Rainha dos Condenados, terceiro livro da série das crônicas, e não é segredo para ninguém que Anne Rice é minha autora preferida.
Eu a considero, assim como muitos outros, como sendo a mãe do vampirismo moderno, existe um corrente literária que acredita piamente que Anne junto com Bram Stoker ajudaram, e muito, a construir o imaginário do vampiro moderno, então quando nossa adorada autora anunciou a volta de seu personagem mais marcante, praticamente um mito se dependesse de Lestat para se descrever, todos entraram em um frenesi de alegria sem proporções.

Como se isso não bastasse Anne ainda deu esperanças a seus fãs de que um novo filme sobre as crônicas esteja por vir, ela não confirmou nada, mas disse que existem conversas e que "pode ser" que um novo filme seja feito e mais provavelmente baseado no livro "O Vampiro Lestat".
Ela pediu para que os fãs de sua pagina do facebook dessem sua opinião de quem gostariam que interpretasse Lestat, e obviamente que muitas opiniões ótimas surgiram, a própria Anne Rice deu sua opinião e para ela o ator ideal para o papel de Lestat seria Stephen Amell que é o protagonista da série Arrow.

Resumindo essa semana foi uma semana muito agitada para os fãs de Lestat e companhia, só nos resta esperar e digerir toda essa excitação e ansiedade até que o livro seja lançado.
Lembrando que o assistente pessoal da Anne Rice, Becket, também é um autor muito talentoso e seus livros são voltados para o universo do vampirismo, mas de uma forma diferente de Anne Rice e muito própria, e recentemente lançou a parte V de sua série Blood Vivicanti, que você pode adquirir AQUI, e o segundo livro de sua série infanto juvenil "Key The Steampunk Vampire Girl", que pode ser adquirida AQUI.
Eu sou uma grande fã dele e recomendo que você leiam suas séries porque são muito boas, eu escrevi sobre seu livro infantil AQUI. 



Don’t you see? It’s a new age. It requires a new evil. And I am
 that new evil.





Harry Potter na Vida Real

.•¤ Harry Potter Procurando a Plataforma 9 3/4 ¤•.
Eu costumo dizer que de tempos em tempos o universo nos abençoa com presentes fantásticos, um deles com certeza foi a saga Harry Potter.
Aqueles que tiveram o prazer, como eu, de crescer com essa série a passaram para frente como uma lenda a ser contada, mas o que torna essa saga tão especial é o simples fato de que ela não se perde com o tempo, as chamas por ela acesas nunca se apagaram ou abrandaram desde seu nascimento.

Sabendo disso o canal do youtube Imrpove Everywhere , conhecido por fazer versões "Vida Real" de grandes filmes lançou no dia 19/11/2013 a sua versão "Vida Real" de Harry Potter, eles colocaram um garotinho, muito parecido com o Harry, em uma estação de trem perguntando as pessoas se elas sabiam onde ficava a entrada para a estação 9 3/4.

O que mais fascina nesse vídeo é a reação das pessoas, muitas deles se emocionam e quase todas reconhecem a deixa, com faixa etária variada, quase todos reconhecem o pequeno bruxinho.

Assista e confira :

São atitudes como essa que nunca deixam uma história morrer, e através dela podemos perceber o quanto as pessoas ainda ama essa saga.



Hora do Livro: Key The Steampunk Vampire Girl.

                                             .•¤ Hora do Livro ¤•.

Depois de um tempinho sumida (por causa do trabalho) eu estou de volta com uma nova seção no meu blog que é: A Hora do Livro, toda vez que eu encontrar um livro que me chame muito a atenção eu vou postar aqui na Hora do Livro, o livro que eu escolhi dessa vez é um que ainda não terminei de ler, eu estou apenas no começo dele, mas posso dizer com certeza que ele já ganhou um espaço no meu coração, o livro é Key The Steampunk Vampire Girl escrito por Becket, que por ventura vem a ser o assistente pessoal da minha autora preferida em todo o mundo Anne Rice, e também é lindamente ilustrado por Raven Quinn, que vem a ser uma cantora impressionante e desenhista.
Key tinha uma vida muito feliz em uma fazenda - até seu nono aniversário, quando ela perdeu a mãe e o pai, foi transformada em um vampiro e foi levada para a Cidade dos Mortos, onde ela foi jogada nas Masmorras do Desespero, Key está agora presa para o resto de sua vida imortal na escuridão, solidão e vazio. Mas a esperança não está perdida quando Key faz amizade com um fantasma, uma bruxa, e um filhote de cachorro imortal. Através da amizade, Key deve aprender que ela mesma é a chave para a liberdade das Masmorras do Desespero. Trazido a vida pela deslumbrante arte de Raven Quinn, Becket - assistente da autora best-seller do New York Times Anne Rice - compartilha com você um mundo encantado de castelos vampiro, flores brilhantes, Crinomatics, e em sua criaturas místicas maioria mortas.


Como eu disse, eu ainda não terminei de ler este livro mas eu quis compartilhar por que estou fascinada por ele, a história é envolvente e não te deixa desprender os olhos e posso te garantir que você vai encontrar muito mais do que estava procurando com este livro, como uma fã do gênero Steampunk e literatura infanto juvenil eu me encontro neste momento perdida dentro dessa leitura, espero que vocês também gostem.

Vocês podem adquirir suas cópias pelo site da amazon, tanto na versão paperback (eles entregam em todo o mundo) quanto na versão Kindle.






















.•¤ Versão Kindle ¤•.






















O Coração Delator Por Matthew Gray Gubler.

 .•¤ O Coração Delator de Edgar Allan Poe Narrado por Matthew Gray Gubler ¤•.

Para que não sabe Matthew Gray Gubler é um ator e diretor que atualmente interpreta do Dr. Spencer Reid na série de TV da CBS, o ator não faz questão nenhuma de esconder seu fascínio pelo gênero do horror, alegando que seu feriado preferido do ano é o Halloween, ele inclusive possui vários personagens desenhados por ele com base nesse estilo que estampam camisetas que são esporadicamente vendidas por ele em seu site.

No dia do Halloween, 31 de outubro, Matthew postou no site soundcloud uma narração feita por ele do famoso texto do mestre do horror Edgar Allan Poe "O Coração Delator", o texto conta a história de um homem que nega sua loucura e que está decidido a provar isso ao leitor, mesmo tendo assassinado e um senhor que nunca lhe fizera mal algum, caso queira ouvir segue abaixo.


Como está em inglês vou postar para vocês a tradução desse curto texto.

O coração delator
Edgar Allan Poe

É verdade! Nervoso, muito, muito nervoso mesmo eu estive e estou; mas por que você vai dizer que estou louco? A doença exacerbou meus sentidos, não os destruiu, não os embotou. Mais que os outros estava aguçado o sentido da audição. Ouvi todas as coisas no céu e na terra. Ouvi muitas coisas no inferno. Como então posso estar louco? Preste atenção! E observe com que sanidade, com que calma, posso lhe contar toda a história.
É impossível saber como a idéia penetrou pela primeira vez no meu cérebro, mas, uma vez concebida, ela me atormentou dia e noite. Objetivo não havia. Paixão não havia. Eu gostava do velho. Ele nunca me fez mal. Ele nunca me insultou. Seu ouro eu não desejava. Acho que era seu olho! É, era isso! Um de seus olhos parecia o de um abutre - um olho azul claro coberto por um véu. Sempre que caía sobre mim o meu sangue gelava, e então pouco a pouco, bem devagar, tomei a decisão de tirar a vida do velho, e com isso me livrar do olho, para sempre.
Agora esse é o ponto. O senhor acha que sou louco. Homens loucos de nada sabem. Mas deveria ter-me visto. Deveria ter visto com que sensatez eu agi — com que precaução —, com que prudência, com que dissimulação, pus mãos à obra! Nunca fui tão gentil com o velho como durante toda a semana antes de matá-lo. E todas as noites, por volta de meia-noite, eu girava o trinco da sua porta e a abria, ah, com tanta delicadeza! E então, quando tinha conseguido uma abertura suficiente para minha cabeça, punha lá dentro uma lanterna furta-fogo bem fechada, fechada para que nenhuma luz brilhasse, e então eu passava a cabeça. Ah! o senhor teria rido se visse com que habilidade eu a passava. Eu a movia devagar, muito, muito devagar, para não perturbar o sono do velho. Levava uma hora para passar a cabeça toda pela abertura, o mais à frente possível, para que pudesse vê-lo deitado em sua cama. Aha! Teria um louco sido assim tão esperto? E então, quando minha cabeça estava bem dentro do quarto, eu abria a lanterna com cuidado — ah!, com tanto cuidado! —, com cuidado (porque a dobradiça rangia), eu a abria só o suficiente para que um raiozinho fino de luz caísse sobre o olho do abutre. E fiz isso por sete longas noites, todas as noites à meia-noite em ponto, mas eu sempre encontrava o olho fechado, e então era impossível fazer o trabalho, porque não era o velho que me exasperava, e sim seu Olho Maligno. E todas as manhãs, quando o dia raiava, eu entrava corajosamente no quarto e falava Com ele cheio de coragem, chamando-o pelo nome em tom cordial e perguntando como tinha passado a noite. Então, o senhor vê que ele teria que ter sido, na verdade, um velho muito astuto, para suspeitar que todas as noites, à meia-noite em ponto, eu o observava enquanto dormia.
Na oitava noite, eu tomei um cuidado ainda maior ao abrir a porta. O ponteiro de minutos de um relógio se move mais depressa do que então a minha mão. Nunca antes daquela noite eu sentira a extensão de meus próprios poderes, de minha sagacidade. Eu mal conseguia conter meu sentimento de triunfo. Pensar que lá estava eu, abrindo pouco a pouco a porta, e ele sequer suspeitava de meus atos ou pensamentos secretos. Cheguei a rir com essa idéia, e ele talvez tenha ouvido, porque de repente se mexeu na cama como num sobressalto. Agora o senhor pode pensar que eu recuei — mas não. Seu quarto estava preto como breu com aquela escuridão espessa (porque as venezianas estavam bem fechadas, de medo de ladrões) e então eu soube que ele não poderia ver a porta sendo aberta e continuei a empurrá-la mais, e mais.
Minha cabeça estava dentro e eu quase abrindo a lanterna quando meu polegar deslizou sobre a lingüeta de metal e o velho deu um pulo na cama, gritando:
— Quem está aí?
Fiquei imóvel e em silêncio. Por uma hora inteira não movi um músculo, e durante esse tempo não o ouvi se deitar. Ele continuava sentado na cama, ouvindo bem como eu havia feito noite após noite prestando atenção aos relógios fúnebres na parede.
Nesse instante, ouvi um leve gemido, e eu soube que era o gemido do terror mortal. Não era um gemido de dor ou de tristeza — ah, não! era o som fraco e abafado que sobe do fundo da alma quando sobrecarregada de terror. Eu conhecia bem aquele som. Muitas noites, à meia-noite em ponto, ele brotara de meu próprio peito, aprofundando, com seu eco pavoroso, os terrores que me perturbavam. Digo que os conhecia bem. Eu sabia o que sentia o velho e me apiedava dele embora risse por dentro. Eu sabia que ele estivera desperto, desde o primeiro barulhinho, quando se virara na cama. Seus medos foram desde então crescendo dentro dele. Ele estivera tentando fazer de conta que eram infundados, mas não conseguira. Dissera consigo mesmo: "Isto não passa do vento na chaminé; é apenas um camundongo andando pelo chão", ou "É só um grilo cricrilando um pouco". É, ele estivera tentando confortar-se com tais suposições; mas descobrira ser tudo em vão. Tudo em vão, porque a Morte ao se aproximar o atacara de frente com sua sombra negra e com ela envolvera a vítima. E a fúnebre influência da despercebida sombra fizera com que sentisse, ainda que não visse ou ouvisse, sentisse a presença da minha cabeça dentro do quarto.
Quando já havia esperado por muito tempo e com muita paciência sem ouvi-lo se deitar, decidi abrir uma fenda — uma fenda muito, muito pequena na lanterna. Então eu a abri — o senhor não pode imaginar com que gestos furtivos, tão furtivos — até que afinal um único raio pálido como o fio da aranha brotou da fenda e caiu sobre o olho do abutre.
Ele estava aberto, muito, muito aberto, e fui ficando furioso enquanto o fitava. Eu o vi com perfeita clareza - todo de um azul fosco e coberto por um véu medonho que enregelou até a medula dos meus ossos, mas era tudo o que eu podia ver do rosto ou do corpo do velho, pois dirigira o raio, como por instinto, exatamente para o ponto maldito.
E agora, eu não lhe disse que aquilo que o senhor tomou por loucura não passava de hiperagudeza dos sentidos? Agora, repito, chegou a meus ouvidos um ruído baixo, surdo e rápido, algo como faz um relógio quando envolto em algodão. Eu também conhecia bem aquele som. Eram as batidas do coração do velho. Aquilo aumentou a minha fúria, como o bater do tambor instiga a coragem do soldado.
Mas mesmo então eu me contive e continuei imóvel. Quase não respirava. Segurava imóvel a lanterna. Tentei ao máximo possível manter o raio sobre o olho. Enquanto isso, aumentava o diabólico tamborilar do coração. Ficava a cada instante mais e mais rápido, mais e mais alto. O terror do velho deve ter sido extremo. Ficava mais alto, estou dizendo, mais alto a cada instante! — está me entendendo? Eu lhe disse que estou nervoso: estou mesmo. E agora, altas horas da noite, em meio ao silêncio pavoroso dessa casa velha, um ruído tão estranho quanto esse me levou ao terror incontrolável. Ainda assim por mais alguns minutos me contive e continuei imóvel. Mas as batidas ficaram mais altas, mais altas! Achei que o coração iria explodir. E agora uma nova ansiedade tomava conta de mim — o som seria ouvido por um vizinho! Chegara a hora do velho! Com um berro, abri por completo a lanterna e saltei para dentro do quarto. Ele deu um grito agudo — um só. Num instante, arrastei-o para o chão e derrubei sobre ele a cama pesada. Então sorri contente, ao ver meu ato tão adiantado. Mas por muitos minutos o coração bateu com um som amortecido. Aquilo, entretanto, não me exasperou; não seria ouvido através da parede. Por fim, cessou. O velho estava morto. Afastei a cama e examinei o cadáver. É, estava morto, bem morto. Pus a mão sobre seu coração e a mantive ali por muitos minutos. Não havia pulsação. Ele estava bem morto. Seu olho não me perturbaria mais.
Se ainda me acha louco, não mais pensará assim quando eu descrever as sensatas precauções que tomei para ocultar o corpo. A noite avançava, e trabalhei depressa, mas em silêncio. Antes de tudo desmembrei o cadáver. Separei a cabeça, os braços e as pernas.
Arranquei três tábuas do assoalho do quarto e depositei tudo entre as vigas. Recoloquei então as pranchas com tanta habilidade e astúcia que nenhum olho humano — nem mesmo o dele — poderia detectar algo de errado. Nada havia a ser lavado — nenhuma mancha de qualquer tipo — nenhuma marca de sangue. Eu fora muito cauteloso. Uma tina absorvera tudo - ha! ha!
Quando terminei todo aquele trabalho, eram quatro horas — ainda tão escuro quanto à meia-noite.
Quando o sino deu as horas, houve uma batida à porta da rua. Desci para abrir com o coração leve — pois o que tinha agora a temer? Entraram três homens, que se apresentaram, com perfeita suavidade, como oficiais de polícia. Um grito fora ouvido por um vizinho durante a noite; suspeitas de traição haviam sido levantadas; uma queixa fora apresentada à delegacia e eles (os policiais) haviam sido encarregados de examinar o local.
Sorri — pois o que tinha a temer? Dei as boas-vindas aos senhores. O grito, disse, fora meu, num sonho. O velho, mencionei, estava fora, no campo. Acompanhei minhas visitas por toda a casa. Incentivei-os a procurar — procurar bem. Levei-os, por fim, ao quarto dele. Mostrei-lhes seus tesouros, seguro, imperturbável. No entusiasmo de minha confiança, levei cadeiras para o quarto e convidei-os para ali descansarem de seus afazeres, enquanto eu mesmo, na louca audácia de um triunfo perfeito, instalei minha própria cadeira exatamente no ponto sob o qual repousava o cadáver da vítima.
Os oficiais estavam satisfeitos. Meus modos os haviam convencido. Eu estava bastante à vontade. Sentaram-se e, enquanto eu respondia animado, falaram de coisas familiares. Mas, pouco depois, senti que empalidecia e desejei que se fossem. Minha cabeça doía e me parecia sentir um zumbido nos ouvidos; mas eles continuavam sentados e continuavam a falar. O zumbido ficou mais claro — continuava e ficava mais claro: falei com mais vivacidade para me livrar da sensação: mas ela continuou e se instalou — até que, afinal, descobri que o barulho não estava dentro de meus ouvidos.
Sem dúvida agora fiquei muito pálido; mas falei com mais fluência, e em voz mais alta. Mas o som crescia - e o que eu podia fazer? Era um som baixo,surdo, rápido — muito parecido com o som que faz um relógio quando envolto em algodão. Arfei em busca de ar, e os policiais ainda não o ouviam. Falei mais depressa, com mais intensidade, mas o barulho continuava a crescer. Levantei-me e discuti sobre ninharias, num tom alto e gesticulando com ênfase; mas o barulho continuava a crescer. Por que eles não podiam ir embora? Andei de um lado para outro a passos largos e pesados, como se me enfurecessem as observações dos homens, mas o barulho continuava a crescer. Ai meu Deus! O que eu poderia fazer? Espumei — vociferei — xinguei! Sacudi a cadeira na qual estivera sentado e arrastei-a pelas tábuas, mas o barulho abafava tudo e continuava a crescer. Ficou mais alto — mais alto — mais alto! E os homens ainda conversavam animadamente, e sorriam. Seria possível que não ouvissem? Deus Todo-Poderoso! — não, não? Eles ouviam! — eles suspeitavam! — eles sabiam! - Eles estavam zombando do meu horror! — Assim pensei e assim penso. Mas qualquer coisa seria melhor do que essa agonia! Qualquer coisa seria mais tolerável do que esse escárnio. Eu não poderia suportar por mais tempo aqueles sorrisos hipócritas! Senti que precisava gritar ou morrer! — e agora — de novo — ouça! mais alto! mais alto! mais alto! mais alto!
— Miseráveis! — berrei — Não disfarcem mais! Admito o que fiz! levantem as pranchas! — aqui, aqui! — são as batidas do horrendo coração!